A procura por novos líderes à direita após a condenação de Bolsonaro
Com Jair Bolsonaro inelegível e sentenciado, o campo político conservador brasileiro entra em um momento de transição. A direita busca quem possa herdar o seu legado para as eleições de 2026, levantando nomes como seus filhos (Eduardo e Flávio), sua esposa Michelle, além de aliados políticos influentes.
Eduardo Bolsonaro se apresenta como figura combativa e já fala abertamente como possível sucessor — embora também enfrente acusações legais e críticas quanto à sua atuação pública. Flávio, mais moderado em postura pública, ainda não se comprometeu integralmente com candidatura. Michelle Bolsonaro, por sua vez, aparece com apelo crescente junto ao eleitorado evangélico e conservador, podendo compor chapa ou ser vice.
Outros nomes fora da família Bolsonaro também são cotados. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, está entre os mais lembrados, principalmente por tentar se mostrar como alternativa de perfil mais institucional, dirigido à classe média e aos formadores de opinião que desejam continuidade de certos valores, mas com menor polarização.
Esse processo de escolha do novo líder envolve debates sobre imagem, alianças regionais, discurso político e até influências judiciais — tudo isso em um cenário de forte polarização. A sentença de Bolsonaro, longe de encerrar sua influência política, parece inaugurar uma nova fase nessa disputa interna.
