Acordo de livre-comércio entre Mercosul e países europeus fortalece blocos em cenário global
O Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) assinou um acordo de livre-comércio com quatro países europeus não pertencentes à União Europeia: Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça. A cerimônia ocorreu no Rio de Janeiro em 16 de setembro de 2025.
O pacto inclui comércio de bens, serviços, investimento e direitos de propriedade intelectual, com previsão de ampliação do acesso a mercados, estiagem de tarifas e facilitação de exportações. Produtos diversos — desde alimentos até tecnologia — devem se beneficiar.
Espera-se que isso eleve o poder comercial do bloco, melhore competitividade internacional e beneficie consumidores com preços mais baixos. Contudo, há desafios: harmonização regulatória, barreiras burocráticas, exigências técnicas europeias sobre padrões ambientais e sanitários, além de possíveis perdas para indústrias locais que enfrentam concorrência externa elevada.
Politicamente, o acordo sinaliza que o Mercosul busca se reafirmar globalmente, reforçando laços com parceiros estratégicos além da União Europeia, em meio a tensões comerciais crescentes no mundo. É também um movimento de diplomacia econômica, que pode repercutir nas próximas eleições por meio de promessas de crescimento, geração de empregos e abertura de novos mercados.
