O ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e três meses de prisão por liderar um plano de golpe de estado após perder as eleições de 2022. Ele foi considerado culpado pelo crime de conspiração, tentativa de abolir a democracia, atuação em organização criminosa e por danos ao patrimônio público. 

Essa decisão judicial é inédita na história recente do país: é a primeira vez que um ex-presidente e oficiais militares são responsabilizados formalmente por um golpe. A corte votou majoritariamente (4 a 1) contra Bolsonaro, confirmando a gravidade das acusações. 

No entanto, apesar da condenação, Bolsonaro continua em regime de prisão domiciliar, aguardando os desdobramentos dos recursos legais. Ele se declara inocente e classifica o processo como perseguição política, argumento que divide opiniões no país. 

Politicamente, o efeito é profundo: além de impactar seu futuro eleitoral (ele está inelegível), a sentença fortalece instituições democráticas e serve como alerta sobre o preço de tentar subverter processos constitucionais. Observadores nacionais e internacionais acompanham o caso como um teste da estabilidade institucional no Brasil.